Artrite reumatoide: novo medicamento pode travar a doença em milhões de pessoas

PorExpresso das Ilhas,3 mar 2024 8:59

O medicamento já é usado para aliviar alguns dos sintomas dolorosos; mas também pode ser eficaz para impedir o seu desenvolvimento.

É um sinal de grande esperança para milhões de pessoas.

Num ensaio clínico inovador, escreve o zap.aeiou.pt, o medicamento abatacept, já conhecido por aliviar sintomas da artrite reumatoide, mostrou potencial para prevenir completamente a doença.

Este estudo, o maior do seu género até à data, envolveu 213 participantes identificados como de alto risco para desenvolver artrite reumatoide, com base em sintomas preliminares como dor nas articulações.

Ao longo do ensaio, os participantes foram aleatoriamente designados para receber abatacept ou um placebo durante um ano, com os resultados de saúde monitorizados por mais um ano, descreve o Science Alert.

Os resultados foram notáveis. Após o primeiro ano, apenas 6 por cento dos tratados com abatacept desenvolveram artrite reumatoide, comparado com 29 por cento no grupo do placebo. No ano seguinte, houve um ligeiro aumento nos casos, com 25 por cento do grupo abatacept e 37 por cento do grupo placebo a serem diagnosticados com a doença.

O abatacept, revela a análise, não só tem o potencial de atrasar o início da artrite reumatoide, mas também de aliviar sintomas precoces como dor e fadiga.

A artrite reumatoide, uma condição crónica causada pelo sistema imunitário atacar os tecidos do próprio corpo, pode levar a dor severa e incapacidade.

O abatacept opera suprimindo a actividade das células T, uma componente crucial da resposta imune, reduzindo assim a inflamação e os sintomas associados.

Apesar dos resultados promissores, os investigadores alertam que estudos adicionais são necessários para assegurar a eficácia a longo prazo do medicamento e se os seus benefícios podem ser mantidos ao longo do tempo ou se apenas atrasa a progressão da doença.

Também avisam que, embora o abatacept possa causar efeitos secundários leves como náuseas e diarreia, a sua capacidade de melhorar a qualidade de vida para os doentes em risco é significativa.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1161 de 28 de Fevereiro de 2024.

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Autoria:Expresso das Ilhas,3 mar 2024 8:59

Editado porEdisângela Tavares  em  3 mar 2024 8:59

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