Informação avançada hoje, em conferência de imprensa de apresentação da plataforma, pelo porta-voz-do grupo, Tomás Delgado, na sede da União dos Sindicatos de São Vicente.
“A razão principal da criação da Plataforma Sindical prende-se com o facto de a secretária-geral da UNTC-CS, desde que foi eleita, nunca ter prestado contas aos associados dessa central sindical, que são os sindicatos, através dos órgãos próprio, que é o Conselho Nacional”, afirma.
Segundo o sindicalista, desde 2017 que o Conselho Nacional da UNTC-CS não se reúne.
Os sindicatos acusam a secretária-geral de violar os estatutos da UNTC-CS e de se imiscuir nas competências dos sindicatos.
“Visitou empresas sem contactar os sindicatos que actuam naquele sector. As relações institucionais entre as empresas e os trabalhadores são com os sindicatos e não com a central. A relação da central sindical é com os sindicatos e estes é que se relacionam com as empresas, mas ela passa por cima dos sindicatos e vai visitar as empresas em São Vicente. Isso não aceitamos”, sublinha.
Questionado sobre se a instabilidade entre os sindicatos e a central sindical prejudica a defesa dos direitos dos trabalhadores, o sindicalista afirma que, de certa forma, sim.
“Como é óbvio, há questões mais gerais em que este conflito, efectivamente, prejudica e é por isso que queremos que isto seja ultrapassado o mais depressa possível, para que a UNTC-CS possa retomar o seu caminho, que é a unidade e defesa dos trabalhadores”, assegura.
O porta-voz dos sindicatos acusa a secretária-geral da UNTC-CS de criar problemas graves a nível da cooperação internacional e de colocar em causa projectos importantes, como o centro de formação da Praia, em parceria com a ONG-OGBL, e do centro de formação em hospitalidade no turismo, em Mindelo, em parceria com a UGT, de Portugal.
Joaquina Almeida foi eleita, em 2016, para o cargo de secretária-geral da UNTC-CS. Pouco tempo depois, tornaram-se públicas as contestações internas à sua liderança.