​SINDEP repudia a nota da Inspecção-Geral da Educação sobre congelamento de notas

PorEdisângela Tavares,3 mai 2024 12:10

O Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) expressou, hoje, seu repúdio à nota emitida pela Inspecção-Geral da Educação, que deu um “ultimato” aos professores que optaram por congelar as notas dos alunos no segundo trimestre. O Sindep chamou atenção para o que classificou como “falta de conhecimento” sobre as obrigações e competências da Inspecção-Geral do Ministério da Educação.

Em conferência de imprensa, o presidente do Sindep, Jorge Cardoso, criticou a Inspecção Geral da Educação por emitir "condenações" sem instaurar processos disciplinares aos docentes envolvidos, violando assim o direito à defesa até prova contrária.

“A Inspectora fez a inversão do seu papel com o do director nacional de Educação, em dar instruções aos gestores no desempenho das suas funções. A postura da Inspectora geral trata-se de assédio moral para com os professores visados, independentemente se os seus atos tenham cobertura legal ou não”.

O Sindep alertou para a possibilidade de novos processos disciplinares contra os professores no final do ano lectivo, enfatizando que não irão abaixar a guarda em suas “legítimas reivindicações”.

Jorge Cardoso sublinha que ainda aguardam uma resposta do Ministro da Educação sobre as demandas da classe docente, sobretudo o pagamento dos subsídios pela não redução de carga horária devidos aos docentes desde 2017 a esta parte e do reajuste salarial digno para com toda a Classe.

“O SINDEP aproveita ainda para denunciar que os professores estão novamente sem a cobertura do INPS, que consideramos ser um descaso para com a classe, mais ainda temos professores com contratos de prestação de serviço com 3 a 5 meses sem receberem os seus salários e sobre o assunto a senhora inspectora geral finge de surda, muda e calada”.

Também foram mencionadas preocupações sobre disciplinas sem programas e manuais, bem como manifestações de alunos devido a avaliações excessivas.

“Existem ainda disciplinas sem programas e sem manuais, os alunos a saírem à rua a manifestarem-se por excessivas avaliações que apelidaram de saturação, que também não mereceu sequer uma palavra da Senhora Inspectora Geral”.

O representante do Sindep expressou preocupação em relação aos alunos, diante do impasse com o Ministério da Educação, uma vez que as provas gerais internas estão programadas para começar neste mês de Maio e Junho,

O sindicato ressaltou a importância do diálogo com a tutela para resolver as questões pendentes e pediu o engajamento de todas as organizações sindicais e docentes nessa luta colectiva.

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Autoria:Edisângela Tavares,3 mai 2024 12:10

Editado porAndre Amaral  em  17 mai 2024 23:29

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