Comissão Política Nacional do PAICV diz que Governo é ineficaz a combater a degradação das condições de vida

PorExpresso das Ilhas,20 mai 2022 14:28

​A Comissão Política Nacional do PAICV considerou hoje que as recentes medidas adoptadas pelo Governo, são “insuficientes” e “ineficazes” para combater a degradação das condições de vida, provocada pelo aumento dos preços de produtos, bens essenciais e insegurança pública.

Em conferência de imprensa, hoje, na Praia, a Vice-presidente do PAICV, Rosa Rocha, sublinha que a Comissão Política Nacional analisou “profundamente” a situação económica e social do país e os impactos na vida dos Cabo-verdianos.

“Com efeito, as medidas adoptadas pelo Governo não são sentidas, pois não tiveram qualquer impacto na redução dos preços dos bens de primeira necessidade, como o arroz, o leite, o açúcar, o óleo a energia, o gás, os transportes públicos, os materiais de construção, ou seja, tudo está mais caro, e a taxa de inflação vem aumentando de forma sistemática e descontrolada, situando-se, neste momento, em torno dos 5%”, indicou.

Segundo a vice-presidente, o Governo continua “insensível e desatento” em relação aos outros países que adoptaram medidas para reduzir a carga fiscal e aumentar o rendimento para ajudar as famílias a enfrentar o aumento dos preços.

“Na verdade, o Governo teima em não aceitar que, além do impacto da crise internacional, motivada pela guerra na Europa, parte significativa do aumento dos preços dos bens em Cabo Verde, deve-se ao aumento da carga fiscal introduzida no orçamento do Estado para 2022, em que mais de 2000 produtos viram os direitos de importação agravados em 5%”, explicou.

Rosa Rocha disse ainda que o PAICV entende que o Governo deve amparar as pessoas, principalmente, as mais vulneráveis, mandando abrir frentes de trabalho “com urgência” e, em larga escala, de modo a permitir que haja emprego e rendimento para as famílias.

“O PAICV propõe medidas fiscais urgentes, nomeadamente, o aumento do mínimo de existência, de modo que os rendimentos até 50.000$00, passem a estar isentos do IRPS, o aumento da pensão social mínima e do subsídio de inclusão social, bem como, o alargamento do número de beneficiários, apoio às empresas no processo de retoma, com perdão dos juros dos empréstimos efetuados no âmbito das linhas de crédito para o combate à pandemia”, sugeriu.

No que se refere a segurança pública e a criminalidade, a Comissão Política Nacional considera que há um “total descontrole” particularmente na cidade da Praia, com famílias a serem assaltadas à luz do dia, e com perda de vidas de vários jovens, “sem que ao menos”, sejam capturados e responsabilizados os autores.

“A situação é do tal modo grave, que exige uma nova abordagem por parte das autoridades, com políticas sociais e medidas preventivas, como é a intensificação do policiamento de proximidade, pois há claramente um relaxamento desta medida, para garantir a tranquilidade nas ruas”, disse.

Em relação à Concessão, por ajuste directo, de todos os Aeroportos do País, a Comissão Política Nacional disse que o Governo do MPD “parece não ter tirado lição” da privatização dos TACV, também por ajuste directo, e “que só provocou prejuízos” para o erário publico, e promete estar atento aos interesses dos Cabo-verdianos.

“O PAICV entende que, é preciso arrepiar caminho, nesse processo desenfreado de vender os activos do País, sem acautelar os interesses nacionais, e alerta a todos os cabo-verdianos, a estarem atentos às atitudes deste Governo, que é muito lento a construir, mas que se tornou um hábil especialista na delapidação dos bens públicos”, informou.

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Autoria:Expresso das Ilhas,20 mai 2022 14:28

Editado porAndre Amaral  em  21 mai 2022 11:01

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