Artigos de Paulo Lobo Linhares no nosso arquivo
Bulimundo – donos de um caminho, que desaguou na marca de um país
Um grupo de homens elegeu um ritmo para trazer sempre com eles…bem guardado dentro de cada um. Fazia quase que parte de cada um e que somado dava um todo, que os traduzia.
Luís Firmino – o jovem músico que cata raízes para sonhos musicais
A música é também pedaços de sons e cores que andam por todo o lado. Por vezes mais escondidas, desafiando quem a procura, ou merece encontrar, outras vezes por doce timidez. Porém por vezes …mais exposta. Uma certeza – esta sempre disponível para que todos nós a disfrutemos, e se tiver de ser que por ela nos enamoraremos, com ela nos misturaremos, permitindo a procura de estados de beleza quase que necessários à existência. Sim, sou daqueles que percebe perfeitamente os homens da música que dizem que “não conseguem viver sem música”. Não é clichê. Há pessoas que assim são e que o mostram logo ao primeiro contacto. Sempre acreditei que são os eleitos pelos deuses da música.
Kriol Jazz Festival 2024 – mais do que um cartaz, momentos e conceitos
Chegam as noites de Abril à nossa capital. Espalha-se música pelas ruas da cidade. Começou com o AME e depois o palco que um dia jurou fazer com que Cabo Verde também fosse reconhecido mundialmente por um festival de música crioula, carregada de liberdade e muito Jazz – o Kriol Jazz Festival.
Soren Araújo Trio - montanhas e o universo e palco - Kriol Jazz Festival
“Raízes do tradicional e folhas que brotam de uma fusão aprendida em experiências vividas”
Naty Martins – Fortuna, raiz e originalidade
Naty Martins é certamente o novo nome da nossa música. Digo isso pois acredito que para ser novo é preciso trazer algo mais… algo diferente.
Sara Tavares sorriso doce em quereres intensos
Karina Gomes, artista guineense e voz do mundo disse nas redes sociais que perante a partida de Sara Tavares, a única palavra que conseguia dizer era…. “amo-te”. Foi provavelmente a palavra mais certa e capaz de definir o momento que tomou conta de nós. Sim Sara, nós amamos-te.
A música entra pela vida e a morte
Confesso que já tinha lido o artigo, aquando da partida de Sakamoto. Li-o de novo. Ontem voltei a lê-lo, mas desta vez ouvindo-o.
Dany Mariano e geração: irreverência musical e sonho, em formato de liberdade-concretizada
Desde miúdo que tenho em mim este universo (que não conheci ao vivo, mas de ir ouvindo através do meu pai o possível) que reinou em São Vicente, creio que centrado em Mindelo, de grupos que para mim soavam a diferença.
Zubikilla Spencer: mais do que cantautora, uma mulher-palco em viagens de emoções
Em dias onde há cada vez mais espaços para que a música seja materializável e com objectivos que não se restringem apenas aos do artista, Zubikilla Spencer mostrou de forma elevada, sentida e coerente que os objectivos da música são muito superiores – ou melhor – o maior de todos: a partilha.
Da utopia à realidade, das conquistas musicais às sociais de um hoje chamado Bulimundo
Conta a história que foi um dos responsáveis directos – a par de um grupo de colegas que sabiam o que queriam e por tal lutaram – pela transcrição feita do ferro e gaita, que na altura faziam a sonoridade do Funaná, para os ditos instrumentos de palco. Se preferirem um tipo de estilização do Funaná.
Teté Alhinho, Ilha-mulher onde a música canta estórias
Faz anos este domingo Teté Alhinho, a voz da Sara Sarita, dos Simentera, e sobretudo – de uma das cantoras cabo-verdianas cujo timbre da voz mais me encanta. Mais do que singular, adapta-se a vários géneros musicais: embala as mornas, nina nas sonoridades infantis, celebra com coladeiras e mais… encarna a personagem-mulher sul-americana quando abraça as sonoridades cubanas que viveu e com ela trouxe.
Fattú Djakité, o Mundo aproxima-se
Ouvindo o espetáculo de Fattú Djakité, pensava o que será destaque na artista.
Abril que floresce em encontros, emoções e música
Como se costuma dizer: “caiu o pano sobre O KJF”. Na verdade, caiu o pano sobre um Abril em notas musicais…um pano tecido por emoções, encontros e reencontros, felicidade entre idades, Cabo Verde, Mundo e Música.
Nina Simone – Interior e música assente em Mulher-Liberdade
Vou acreditando…, continuando num quase questionar, que: quem vem para a música fá-lo por missão. Há porém génios que me fazem sentir e ter a certeza disso.
Tcheka – a música que nos arrebata e atira-nos para o desespero da emoção
…Está de volta aos grandes palcos da nossa cidade, uma das mais originais e criativas mentes de Cabo Verde…
A música de Ano Nobo em tocatina, amigos e seguidores do mestre
Quantas foram as vezes que o grupo de músicos abaixo referidos, ter-se-á sentado nas soleiras das portas, no meio dos verdes-sombra ou até nos quintais das casas, para juntos tocarem por entre brisa fresca e notas soltas? Muitas certamente.
Elida Almeida, num “lonji” cada vez com mais canções de autor
Poderia começar este apontamento a sublinhar “lonji” – enquanto o último disco de uma das vozes referência da nossa música, a falar da produção do seu já habitual parceiro Hernâni Almeida ou do “formato” que a produção da Lusafrica e José da Silva terão optado já no álbum anterior - e confesso que de mais valia para o disco – em ir buscar beat-makers de outros países do nosso continente que emprestam a sua visão “áfrica de raiz e ramos abertas ao mundo/urbano” – aqui Momo Wang.
Partiu Nhonhô, o arquitecto que era também músico
Conheci-o já arquitecto, apaixonado pela sua profissão que exercia com entrega.
Sobre a (re)Volta da música instrumental e a nobreza dos instrumentistas
Sempre tive um lugar onde guardo com carinho a música instrumental. Os instrumentistas atraem-me. É um grupo dentro da mãe-música que se apaixona por um instrumento, tornando-o quase que o prolongamento do seu pensar musical.
O Chorinho, a Rainha Gonzaga e os caminhos deste género musical
“O Choro nasceu quando arrastaram o piano para o morro”. É claramente deliciosa a definição para o género musical que na verdade nasceu um pouco da fusão da música europeia dos salões de baile e da música popular brasileira que reinava aproximadamente na segunda metade de 1800.
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